ouça o Poema Rua: sem Saida, de Eduardo Lacerda
Deitamos sobre o asfalto.
(nossos corpos atravessados,
era este o nosso pacto)
Esperávamos pelos carros,
mas os carros não passavam.
(Era noite, e os carros não passavam)
Não seríamos atravessados.
/ Mas você se levantou
passou pelo meu corpo
e depois se deitou
(deitou do outro lado)
Juntos recriamos o medo
: máquina-corpo-poema
de que se passarem por cima
nunca mais cresceremos /